por Bernardo Pilotto
Há 61 anos atrás, os sambistas do bairro de Cavalcanti, no subúrbio do Rio de Janeiro, aproveitaram o feriado de 15 de novembro para fundar a G.R.E.S. Em Cima da Hora, originando uma escola de samba que é muito importante para o carnaval carioca e para o carnaval brasileiro.
No começo de sua trajetória, a Em Cima da Hora fez desfiles nos grupos inferiores e foi ganhando espaço, até que no início dos anos 1970 conseguiu chegar no grupo de elite do carnaval (na época, o Grupo 1). Foi nessa década que a escola fez grandes contribuições para os desfiles de escola de samba e para o carnaval como um todo.
Em 1976, por exemplo, a Em Cima da Hora trouxe para a avenida o enredo “Os Sertões”, com um dos maiores sambas-enredo de todos os tempos. Composto por Edeor de Paula, a obra ganhou o Estandarte de Ouro daquele ano. Mesmo assim, muito por conta de um temporal durante o desfile, a escola ficou em 13º lugar e foi rebaixada.
Além de “Os Sertões”, outros sambas-enredo da escola também tiveram destaque nessa década: “O Saber Poético da Literatura de Cordel” (de 1973) e “Festa dos Deuses Afro-brasileiros” (de 1974), ambos compostos por Baianinho.
Nos anos 1980, a Em cima da Hora novamente trouxe um grande samba-enredo, com “33 – Destino Dom Pedro II” (de 1984), também ganhador de Estandarte de Ouro. Para 2021, a escola vai reeditar o samba, aproveitando sua volta para a Sapucaí no Grupo de Acesso.