Samba de Gala: a festa das melhores escolas paulistanas de 2017

A última sexta-feira foi de celebração para as cinco primeiras do Grupo Especial e as duas
promovidas do Grupo de Acesso, que apresentaram mais uma vez seus desfiles na
pista do Anhembi. Sem o
nervosismo e o peso técnico de uma noite oficial, o Desfile das Campeãs é um
momento de descontração da escola e de seus componentes, para comemorar o resultado e
se despedir do carnaval.


A missão de abrir o desfile das campeãs foi da Independente Tricolor. A agremiação, que ficou em segundo
lugar no Grupo de Acesso, repetiu o grandioso desfile, mas em clima de festa.
Sem se preocupar com os jurados, os componentes estavam curtindo bastante,
muito mais soltos, pulando e cantandomesmo com a chuva caindo no Anhembi.
Jorge Freitas – pai de Vinicius Freitas, carnavalesco da Tricolor – também
estava presente no desfile, coordenando a evolução. O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Cley e Lenita se destacou novamente com um elegante bailado e uma
linda apresentação para o público. Aproveitei para fazer algumas perguntas a
eles na dispersão, principalmente sobre o futuro profissional de ambos. Confira
abaixo:

Logo
depois, veio a campeã do Grupo de Acesso, X-9 Paulistana. Com um discurso
emocionante do presidente, a escola entrou com força no sambódromo e mostrou
porque foi campeã. A frente da escola estava o carnavalesco Lucas Pinto,
aparentemente muito feliz, agradecendo e acenando para a arquibancada. Logo
após veio a comissão de frente com a irreverente Yaskara Manzini comandando.
Mesmo com a chuva, a comunidade xisnoveana se divertiu, cantou e empolgou o
público. Na dispersão, a festa continuou, com todos comemorando e gritando
“É campeão!”. O intérprete Darlan Alves deu um show novamente e o
Carnavalize bateu um papo com ele após o desfile:

Logo depois, foi a vez da Rosas de Ouro se reapresentar. O quinto lugar foi comemorado com muita
festa e alegria. Após um conturbado desfile em 2016, a agremiação se reergueu e
conseguiu uma vaga nas campeãs. Os componentes estavam muito felizes e a apresentação foi bastante alegre e solta. O destaque
vai para o intérprete Royce, que cantou com maestria, e pro primeiro casal de
MS&PB, Marquinhos e Isabel que deu um show na pista. Inclusive, conversei com a porta-bandeira Isabel, que falou sobre seu futuro na Roseira. Ouça:

Também
conversei com André Machado, carnavalesco da Rosas, que confirmou sua permanência na escola para 2018. Escute abaixo:

A quarta escola
da noite foi o Império de Casa Verde. Após o título de 2016, a escola tentava o bi, mas perdeu décimos preciosos que a tiraram da briga. Com um desfile menos roteirizado, os componentes estavam curtindo e pulando bastante. A primeira
porta-bandeira Jéssica estava com a mão enfaixada e sem seu costeiro. No
desfile oficial o casal sofreu com o peso da fantasia, principalmente Jéssica, que carregava 40kg. Apesar disso, eles conseguiram a pontuação máxima. O grande destaque ficou por conta do intérprete Carlos Jr, que além
de conduzir com excelência o samba, saudou várias co-irmãs durante o desfile.
Na dispersão pude entrevistá-lo e ouvir sobre seu desejo de continuar
no Tigre. Confira:

A quinta escola
da noite foi o Vai-Vai. A Saracura ficou em terceiro lugar, e as notas de
alegorias influenciaram muito para que a agremiação fosse tirada da disputa pelo
título. Com um dos melhores sambas do carnaval, a Escola do Povo passou com garra pelo Anhembi e mostrou, mais uma vez, a força do seu chão. Em um desfile mais tranquilo, os
componentes não deixaram de cantar o samba, que foi acolhido pela comunidade
desde as eliminatórias. A bateria de Mestre Tadeu também deu um show,
principalmente nas paradinhas e convenções. A
rainha de bateria, Camila Silva, deu um show de simpatia e samba no pé. Outro
destaque foi o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Pingo e Paulinha Penteado, que arrancou aplausos do público. Na dispersão, a “quase-repórter” que vos fala, conversou um pouco com Paulinha, que deu a sua opinião sobre o julgamento desse ano: 

Também
entrevistei Grazzi Brasil, que desde o fim das eliminatórias integra o carro de
som do Vai-Vai, e possui uma das mais belas vozes do carnaval. 
A penúltima
escola da noite e vice-campeã do carnaval de São Paulo foi a Dragões da Real. A agremiação da Vila Anastácio repetiu o grandioso desfile e mostrou
a força de seus componentes. O primeiro casal de MS&PB novamente deu espetáculo. Evelyn Silva, porta-bandeira da Dragões, foi, sem dúvida alguma, a grande revelação
desse carnaval. A bateria também não economizou nas bossas e paradinhas, que
contagiaram o público. A rainha Simone Sampaio deu um show de carisma e samba
no pé. O intérprete Renê Sobral conduziu muito bem o samba e mostrou que caiu
como uma luva no carro de som da Dragões.

Os componentes
estavam soltos, felizes e comemorando o vice-campeonato. Na dispersão o clima
não poderia ser diferente. Os portões fecharam, mas os componentes continuaram a
entoar o samba junto com o intérprete Renê que dizia: “vamos comemorar
juntos esse vice!” Aproveitando a oportunidade, entrevistei o intérprete, que deu uma opinião muito pertinente sobre o julgamento esse ano. Escute:

A comissão
da Dragões também estava presente no desfile. Na dispersão encontrei o
carnavalesco Jorge Silveira que também  cedeu uma entrevista ao Carnavalize, e contou em
primeira mão que continuará na escola para o carnaval 2018:

A Acadêmicos do Tatuapé, campeã do Grupo Especial, encerrou o ciclo do carnaval 2017. Um desfile sem
dúvidas emocionante, que mostrou como a força do trabalho da diretoria e
comunidade podem levar ao tão sonhado título. A taça de primeiro lugar veio
logo no início do desfile, e muitos diretores da escola ostentavam uma faixa que atribuía o título ao trabalho da diretoria do “Tatu”. O grande
destaque do desfile foi, sem sombra de dúvidas, a comunidade, um dos pilares da agremiação . A alegria dos componentes era muito
visível. Celsinho Mody também deu um show de interpretação e conduziu muito bem
o samba. Na dispersão o clima era de muita festa, com muitos gritos de “É
campeão!.”
Depois do
desfile, entrevistei o intérprete Celsinho, que contou um pouco sobre a sensação
de ser campeão:

Também falei com o carnavalesco Flávio Campello, outro responsável pelo título da
Tatuapé. A escola esteve muito bem em termos plásticos, fator preponderante para a conquista do campeonato. Flávio contou se pretende ou não continuar na azul e branco para o
carnaval de 2018, confira abaixo:

Com festa, alegria e descontração, o carnaval paulistano chegou ao fim em 2017. Até o próximo, mais onze meses de espera. Enquanto isso, vale repercutir e comentar os resultados, e é claro, as inúmeras especulações que já pipocam pelas redes sociais.

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