por Bernardo Pilotto
Dia 15 de novembro é aniversário da Unidos de Bangu, escola fundada em 1937. É a agremiação mais antiga da Zona Oeste da cidade, na região de diversas instituições carnavalescas importantes. Sua fundação, aliás, tem tudo a ver com a organização do bairro e da população que por lá vivia no começo do século XX.
Em 1889, surgiu na região a Fábrica de Tecidos Bangu, que acabou trazendo grandes transformações para esse pedaço da cidade, que passou a se urbanizar rapidamente. Em 1903, os operários da fábrica fundaram o Grupo Carnavalesco Flor de Lira, uma das primeiras organizações de folia da região e uma das precursoras da Unidos de Bangu.
De 1937 a 1956, a Unidos desfilou como bloco na sua própria região. A partir de 1957, já se entendendo como escola de samba, a agremiação passou a desfilar no centro da cidade e no seu primeiro ano já subiu de grupo, participando, portanto, da elite do carnaval em 1958. A presença entre as maiores escolas de samba ainda se repetiu em 1959, 1960 e 1963.
Depois desse período inicial com grandes êxitos, a Bangu passou a figurar nos diferentes grupos de acesso. Em 1998, após sucessivos problemas administrativos, a escola “enrolou bandeira” e só foi reerguida em 2013, quando voltou a desfilar, agora pelo Grupo C (na época, a quarta divisão).
De lá pra cá, a escola vem tentando se organizar e tem obtido um relativo sucesso: em 2017 foi campeã do Grupo B e está desfilando desde 2018 na Sapucaí, na Série A. Para o próximo carnaval, a Bangu vai apresentar o enredo “Deu Castor na cabeça”, sobre Castor de Andrade, um dos personagens mais icônicos do seu bairro.