Você se lembra da sua primeira vez no Sambódromo? Seja aqui no Rio, na Marquês, em São Paulo, no Anhembi ou em qualquer outro estado que também cultive um dos nossos maiores patrimônios culturais, o carnaval. Para nós, que amamos essa festa e toda essa atmosfera que a envolve, acredito não existir alguém que não lembre sem um certo tom e ar nostálgicos de sua primeira vez, afinal, diz-se que da primeira vez ninguém se esquece. E, como a voz do povo é a voz de Deus, vamos em busca de descobrir se os personagens da folia lembram de sua primeira vez, não só como artistas da festa, mas também, de quando eles eram como nós, foliões.
Igor da Silva Moreira. E aí – sabe quem é? Com a foto, ali em cima, fica bem mais fácil, né!? Dono de uma das vozes mais badaladas e premiadas do carnaval nos últimos tempos, Igor Sorriso, como é popularmente conhecido, hoje em dia, já é figurinha carimbada nas noites de desfiles – não só na Marquês, como no carnaval da Terra da Garoa, Uruguaiana e outros carnavais mundo afora. Será, entretanto, que sempre foi assim? Será que sempre esteve na Marquês? Vem com a gente!
Sonhar não custa nada… Ou quase nada!
Qualquer um amante de samba sonha em estar – não importando em qual setor, ou arquibancada – queremos estar no Sambódromo e com o “Pretinho” não era diferente. “Eu sempre tive muita vontade de ir pra Sapucaí, mas não tinha condição financeira, então, a primeira vez que minha mãe deixou eu ir com meus amigos foi em 2003… Pra ficar ali no Setor 0.”
Quem conseguiria imaginar… “Caramba! Eu com muita vontade, a gente (ele e os amigos) até pesquisou com alguns cambistas pra ver se nosso dinheiro dava pra entrar, mas a gente não tinha muita grana, né!?” Sabe-se que, embora seja o carnaval uma festa feita pelo povo e, por essência, dele também, muito dos preços não são tão acessíveis assim; Mas não é algo que pretendemos debater hoje. “Acabou que a gente ficou ali no Setor 0 mesmo, no viaduto assistindo aos desfiles” – risadinha.
Quem conseguiria imaginar… “Caramba! Eu com muita vontade, a gente (ele e os amigos) até pesquisou com alguns cambistas pra ver se nosso dinheiro dava pra entrar, mas a gente não tinha muita grana, né!?” Sabe-se que, embora seja o carnaval uma festa feita pelo povo e, por essência, dele também, muito dos preços não são tão acessíveis assim; Mas não é algo que pretendemos debater hoje. “Acabou que a gente ficou ali no Setor 0 mesmo, no viaduto assistindo aos desfiles” – risadinha.
Visão parcial do “Setor 0”
Só de estar nessa atmosfera, independente do lugar, visão ou posição, já seria algo especial e o intérprete mais sorridente do carnaval também achou isso… “…e mesmo assim (estar no Setor 0) foi uma sensação única… Foi emocionante, foi emocionante!” E se de alguns lugares dentro da própria Marquês não se dá para ouvir a largada, o esquenta da bateria ou, até mesmo, o grito de guerra, Igor, que já demonstrava um certo carinho pelo carro de som, acompanhou tudo de “camarote”! “…e eu que sempre fui muito mais ligado ao carro do som, ao canto… Ali de fora, deu pra ouvir tudo, a largada, tudo, emocionou.”
Quando eu soltar a minha voz…
“No mesmo ano, eu comecei a cantar samba-enredo…”. Igor disse que sempre foi mais ligado ao carro de som, à voz, todavia, quem podia esperar que já no ano seguinte de sua primeira vez na Marquês, soltaria esse vozeirão extremamente conhecido atualmente na Sapucaí? “No ano seguinte, foi meu primeiro desfile, na Aprendizes do Salgueiro, 2004. Era cantor de apoio do Tuninho Jr.”. Se sentiu falta do tão caloroso e popular Setor 0 não podemos dizer, mas que tinha motivo para esbanjar um dos sorrisos mais conhecidos do carnaval por um bom tempo… Ah! Ô se tinha!
Tão bom cantarolar, me emocionar…
“Então em um ano, um misto de várias emoções ligadas à Marquês de Sapucaí e eu me recordo que no desfile da Aprendizes (do Salgueiro) de 2004, eu me emocionei ali, na largada, porque era uma cena muito emblemática pra mim, né!?” Uma carreira tão premiada em constante ascendência não poderia ter iniciado de outro jeito, a não ser tão emblematicamente, de um ano ao outro. “Sempre
via a largada dos caras… e eu tava ali, mesmo sendo cantor de apoio, estava
ali, participando daquilo, dando início a minha carreira, então fiquei muito
feliz, extasiado… Realizado!”
via a largada dos caras… e eu tava ali, mesmo sendo cantor de apoio, estava
ali, participando daquilo, dando início a minha carreira, então fiquei muito
feliz, extasiado… Realizado!”
Essa foi a “primeira vez” do “Pretinho” – como ele mesmo se chama – intérprete premiado e em franca ascensão, o intérprete mais sorridente do carnaval, atualmente, canta e encanta todos com sua potência vocal e interpretação inconfundíveis lá pela Terra de Noel, mas tem fãs por todo o Brasil e mundo afora. E não poderíamos terminar de forma diferente…
Aí sim, meus pretinhos!
Quer ler meu relato sobre minha primeira vez e como escolhi, pelo resto de minha vida, o meu Torrão Amado? Aqui.
Quer ler meu relato sobre minha primeira vez e como escolhi, pelo resto de minha vida, o meu Torrão Amado? Aqui.