A ótima comissão de frente da Santa Cruz teve um belo efeito e trouxe a figura de Padre Cicero. (Foto: Vitor Melo) |
O enredo se mostrou simples mas muito bem desenvolvido, com facílima leitura e um excelente conjunto alegórico, o mais bem resolvido dos dois dias, e sem grandes problemas de acabamento. As cores ganharam as bases do verde e branco da agremiação. O abre-alas foi um dos grandes destaques; o mais bonito das escolas que passaram pela Sapucaí até o momento, apesar do segundo módulo ter passado apagado. As fantasias tinham soluções simples mas nenhuma forma se mostrou repetitiva, formando um conjunto coeso e forte. Diante das dificuldades da escola, destaca-se o excelente trabalho do carnavalesco Cahê Rodrigues.
Mosquito e Roberta Freitas, primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, foi posicionado à frente da bateria, uma tradição perdida, e fez uma apresentação muito segura para o primeiro módulo de jurados. A apresentação do casal e da bateria gerou complicações na evolução, uma vez que os dois abriram buracos em suas apresentações.
A segunda alegoria representou a Festa de Santo Antônio. (Foto: Vitor Melo) |
A bateria de mestre Riquinho manteve um andamento excelente do samba que rendeu bem na Avenida e não caiu ao longo do cortejo. Os ritmistas executaram bossas nordestinas muito interessantes. A harmonia foi morna, o único ponto que deixou a desejar.
Com um belo desfile, a Santa Cruz pode contar com uma posição na parte mais alta da tabela na quarta-feira de cinzas.