Por Redação Carnavalize
RENASCER
Purificada, a Renascer de Jacarepaguá foi a sexta escola a passar pela Avenida no primeiro dia de desfiles da Série A. Com Ney Júnior estreando no cargo de carnavalesco, a agremiação levou à Sapucaí o enredo “Eu que te benzo, Deus que te cura”, uma homenagem às benzedeiras. Ney, aposta do carnaval, é figura conhecida das escolas da Intendente Magalhães e foi figurinista do Império da Tijuca no carnaval de 2018.
A comissão de frente tentou apresentar o enredo trazendo as “coisas ruins” que precisam ser benzidas, como más notícias, e a figura de uma benzedeira fazia a cura, na tentativa de passar uma mensagem positiva. Com excessos de informação, a comissão se mostrou confusa e não cumpriu bem o papel de apresentar o enredo. Os irmãos Pessanha, Vinicius e Jack, foram contratados pelas escola há menos de vinte dias para o posto de primeiro casal. A experiência e entrosamento da dupla propiciaram uma apresentação espetacular. Ela, lindamente trajada com uma saia mais baixa e curta que o tradicional e ele, caracterizado de São Bento. Os dois mostraram que o pouco tempo que tiveram para ensaiar em nada atrapalhou o brilhantismo e qualidade da apresentação.
O enredo trouxe a história das benzedeiras e a apresentou de forma “correta”. O pecado ficou por conta dos quesitos plásticos, com alegorias mal concebidas, como o abre-alas extremamente escuro, reflexo de um trabalho cromático quase inexistente. A solução de muitas fantasias foi adotar malhas com costeiros que contribuíram para um conjunto fraco, sobretudo como ficou demonstrado na última ala, a das enfermeiras. O destaque positivo do conjunto alegórico foi o grande altar que encerrou o desfile.
O abre-alas da escola trouxe cor que destoou do restante do conjunto. (Foto: Vitor Melo) |
A bateria de mestre Júnior fez uma correta apresentação, mas o bom samba, trunfo anual da escola, não rendeu, e a harmonia não foi das melhores. A escola também enfrentou problemas de evolução no início e no final da pista em virtude da segunda alegoria ter empacado.
A alegoria que encerrou o desfile da Renascer representava um altar. (Foto: Vitor Melo) |
Com apresentação irregular, é provável que escola brigue pelas últimas posições na quarta-feira de cinzas.