Por Redação Carnavalize
São Gonçalo vem de boas posições nos últimos carnavais, sempre buscando ganhar impulso para ascender novamente ao Grupo Especial. Para 2020, a escola apostou no reencontro com Annik Salmon, que estreou seu primeiro trabalho solo à frente da vermelha e branca. Com o enredo “O que é que a baiana tem? Do Bonfim à Sapucaí”, a escola desfilou a história dessa personagem mundialmente conhecida.
Com o reforço de peso do experiente Carlinhos de Jesus, a comissão de frente teve altos e baixos na forte abertura da escola, mas cumpriu a função de apresentar o enredo. O ponto alto foi a formação de uma grande baiana, com destaque também para as belas vestes dos bailarinos.
Comissão de frente coreografada por Carlinhos de Jesus. (Foto: Vitor Melo) |
O elogiadíssimo casal de mestre-sala e porta-bandeira, Rodrigo França e Cintya Santos, passou muito bem vestido, com a mais bonita fantasia até então. Um pequeno deslize fez Cintya enrola o pavilhão em frente ao setor 3, o que a deixou insegura. Apesar do contratempo, os dois mostraram o porquê são dignos da fama que têm como talentos da dança.
Problemas com o abre-alas na entrada da Avenida acabaram ocasionando buracos ao longo da escola, que viu sua evolução comprometida por algumas vezes ao longo do cortejo. O primeiro carro passou correndo em frente ao primeiro módulo de jurados.
O destaque do conjunto alegórico ficou justamente por conta da beleza do primeiro carro. As duas alegorias subsequentes deixaram a desejar no acabamento, mas trouxeram elementos interessantes. O enredo poderia ter sido melhor desenvolvido, já que não deixou um arco definido e passou batido por figuras interessantes que envolvem a história da baiana. O conjunto de fantasias era simples mas honestos e, como não poderiam deixar de ser, as duas alas de baianas impressionaram pelo bom gosto.
A primeira alegoria trouxe Jorge Caribé, carnavalesco da Inocentes de Belford Roxo e também pai de santo, com suas filhas de santo, onde se representava um terreiro. (Foto: Vitor Melo) |
A bateria do experiente – e carismático – mestre Pablo, que estava fantasiado de Preto Velho, auxiliou a harmonia da escola, que foi um dos destaques logo no início do desfile. O samba entoado por Pitty de Menezes empolgou os componentes e manteve o bom rendimento durante toda a apresentação.
Com um grande desfile, a Porto da Pedra fez jus à sua fama de uma grande escola de samba.