#Carnaval2019 – Apresentação problemática gera riscos para Alegria da Zona Sul

Por Redação Carnavalize

Segunda escola a pisar na Avenida no primeiro dia de desfiles, a Alegria da Zona Sul passou pela Sapucaí com o enredo “Saravá, Umbanda!”, do carnavalesco Marco Antonio Falleiros, exaltando os 110 anos da religião. 
A Comissão de Frente foi comandada pelo jovem João Paulo Machado e representou as entidades mais conhecidas da umbanda, como caboclo, erê e pombagira. Simples na indumentária e em sua apresentação, não desenvolveram uma dança fluida e se manifestavam cenicamente quando eram citados ao longo da letra do samba. 

Juntos pelo primeiro ano, o casal de defensores do pavilhão vermelho e branco, Diego Machado e Thais Romi, se atrapalhou em frente ao primeiro módulo de jurados e viu sua evolução prejudicada por conta da pista molhada, que transmitiu insegurança aos dois. O ponto positivo fica pela belíssima fantasia do casal, muito requintada e de bom gosto. 
As alegorias não apresentaram grandes problemas de acabamento, mas eram todas muito simples e o último carro chegou a passar com a iluminação apagada, reflexo da crise financeira que assolou a escola em uma pré-temporada extremamente complicada nas questões relacionadas ao barracão. As fantasias não conseguiram imprimir qualquer leitura do enredo, e uma enorme – e desproporcional – ala de ciganos transmitiu a noção de um enxerto em meio ao desfile, em que os desfilantes vieram com suas próprias fantasias. O contingente da Alegria mostrou-se enxuto em sua totalidade de alas com poucos componentes.
 
A bateria regida pelo mestre Claudinho foi o ponto alto da agremiação, o que gerou conforto para que o intérprete Igor Vianna conduzisse brilhantemente o empolgado samba da Alegria. A harmonia da escola infelizmente não respondeu aos incentivos dos ritmistas e a evolução ficou seriamente comprometida em diversos momentos do desfile, principalmente no segundo recuo da bateria e no fechar dos portões, já que a escola estourou o tempo máximo em um minuto e deverá ser penalizada. 
A passagem conturbada da escola pode preocupar e colocar em risco a sua permanência na Série A.

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