Grupo especial em retrospecto: um balanço da década das escolas que desfilam no domingo

Com a passagem de ano, a contagem
regressiva para o carnaval fica ainda mais frenética. Após o ano novo, os
olhares estão focados nos ensaios e na preparação das escolas nas quadras e
barracões, intensificada nesse período. Para 2019, a expectativa dos
desfiles passa pelo fim de uma década que foi símbolo de reviravoltas
estéticas, políticas, identitárias e em outros diversos aspectos.
De 2010 até hoje, vimos estrelas
surgirem, carnavalescos, cantores e artistas despontarem, estabilidades ruírem,
castelos crescerem, novos protagonismos e o retorno do brilho de gigantes. É
por isso que preparamos um retrospecto da última década de cada agremiação do
Grupo Especial do Rio de Janeiro, com olhos para os desafios próprios de cada uma das agremiações!
Colocamos uma etiqueta em todas as escolas para que sintetize em que patamar ela está. Em busca da ascensão?
Estabilidade desafiada? Multi-campeã? Em busca da renovação? Confira!
Hoje, contamos a vocês o que houve de
mais relevante na década para as escolas que desfilarão no Domingo de carnaval
neste último ano do ciclo que se encerra. Vamos lá!

1 – Império Serrano (Em busca da ascensão)

Detentora de nove títulos do carnaval
carioca, o Império Serrano iniciou a década de volta à Série A, depois do
rebaixamento em 2009 a partir da reedição do enredo “A lenda das sereias,
rainhas do mar”, desenvolvido pela carnavalesca Marcia Lage. Nessa
sua longa passagem pelo segundo grupo, figurou do meio para cima da tabela e
teve o desfile de 2012 como grande destaque desse período. Com uma forte
frustação dos envelopes do júri não condizerem com a expectativa do campeonato,
o Império mordiscou a segunda colocação a homenagear, emocionante, Dona Ivone
Lara.
Em meio a suas famosas crises
políticas e troca de dirigentes, a Serrinha chegou a amargar a sexta posição em
2014, com um desfile mediano sobre Angra dos Reis. As modificações no corpo da
diretoria e a chegada de Severo Luzardo em 2015 impulsionaram a Serrinha a
chances mais concretas de ascender ao Grupo Especial depois de tantos anos
passados do descenso. 
Foi em 2017, porém, que a escola
triunfou depois de tantas tentativas quase exitosas. Uma aguerrida homenagem ao
centenário de Manoel de Barros, encabeçada pelo carnavalesco Marcus Ferreira,
carimbou o passaporte de volta à elite. Após um carnaval irregular sobre a
China, marcado por atrasos no barracão e controvérsias sobre o não-rebaixamento
– que deveria descender a agremiação e a Grande Rio para a Série A  -, o Império Serrano caminha para o segundo
ano no rol das quatorze maiores. Sob o comando de Paulo Menezes, em 2019, a
escola desfilará o enredo “O que é? O que é?”, uma narrativa sobre a vida. O
enredo é inspiração da homônima canção de Gonzaguinha, que foi transformada em
samba-enredo em uma tentativa polêmica na qual a diretoria está arriscando
todas as suas fichas. A verde e branco ganhou ainda reforços na cabeça de
desfile, com a volta de Claudia Motta para a comissão de frente e a chegada do
casal Diogo Jesus e Verônica Lima como primeiro casal.

2- Viradouro (Em busca da ascensão)

Outra escola que começou a década na
Série A foi a alvirrubra do Barreto. A Viradouro, depois de uma má apresentação
sobre o México no ano de 2010, acabou rebaixada e rumou aos carnavais do
segundo grupo. Em 2011, a
escola quase protagonizou um “bate-volta” entre os grupos e conquistou um
honroso vice-campeonato logo no primeiro ano, com o enredo “Quem sou eu sem
você?”, de Jack Vasconcelos. A chegada ao acesso marcou também a mudança de
liderança da agremiação; o compositor Gusttavo Clarão assumiu o posto de
presidente, definindo uma nova era.
Em 2013, conquistou mais um
vice-campeonato e em 2014, com um enredo que tinha Niterói como pano de fundo,
o excelente trabalho do jovem João Vitor Araújo garantiu a volta da escola ao
Grupo Especial. A euforia, no entanto, não durou muito, já que no reencontro
com a elite do carnaval, apostando na adaptação de duas obras de Luiz Carlos da
Vila como seu samba-enredo, a Viradouro se viu prejudicada pela chuva e acabou
novamente rebaixada. Se o efeito ping-pong da escola ditou ritmo nas colocações
entre os dois primeiros grupos, consistente mesmo foi o nível dos artistas que
encabeçaram os desfiles. Além de João Vitor, a Viradouro revelou para o
carnaval carioca o talento de Jorge Silveira, nome que assumiu o posto de
carnavalesco depois do carnaval de 2016. O artista teve o desafio de colorir a
Sapucaí com o enredo “E todo menino é um rei”, imerso em uma crise que abalou a
escola na transição de gestão para a chegada da família Calil à presidência.
Enquanto, no microfone, a voz de Zé Paulo Sierra se fixa no imaginário da agremiação
desde 2014.


No fim das contas, em 2017, um
vice-campeonato deu as bases para um desfile muito confiante e exuberante em
2018, comandado por Edson Pereira. Além do reforço do casal Julinho e Ruth,
esse carnaval rendeu o tão desejado retorno ao Grupo Especial para a Viradouro.
Em 2019, a agremiação investiu pesado no time de profissionais para garantir a
permanência e acabar com o mito que se criou sobre as ascendentes. Contratou Paulo
Barros, um dos mais badalados nomes da década, que desenvolverá o enredo
“Viraviradouro”. Estável, o clima do pré-carnaval já deixa a dica de que a escola
brigará forte pela permanência dos grupos e está estruturada para voos altos.
Quem viver verá.

3- Grande Rio (Estabilidade desafiada)

A tricolor
de Caxias divide opiniões, mas, mesmo longe do tão sonhado título em alguns
momentos, a escola fincou presença em quase todos os sábados das campeãs ao
longo dos últimos dez anos. Nesse período, poucos sambas se destacaram e cinco
profissionais foram responsáveis pelos seus desfiles: Cahê
Rodrigues (2010 a 2012), Roberto Szaniecki (2013), Fábio Ricardo (2014 a 2017)
e Renato e Marcia Lage (2018 e 2019). Dentre os resultados, um dos mais expressivos
foi o de 2010, com o vice-campeonato de “Das arquibancadas ao camarote número
1…”, uma viagem vibrante e nostálgica pela história da Sapucaí e de seus
desfiles.
Em 2011, falando sobre Florianópolis,
a escola lidou com momentos tristes e de superação por conta de um incêndio que
afetou todo o trabalho da agremiação às vésperas do carnaval. A decisão pela
não-avaliação das escolas prejudicadas garantiu a permanência da Grande Rio
após um desfile repleto de emoções, mas que tinha tudo, segundo dizem, para
fazer a escola colocar a mão na taça. Desde então, ela oscila em posições de
destaque, e mesmo apresentando desfiles que dividem opiniões, consegue sua
sonhada vaga entre as seis primeiras posições. A exceção foi 2016, quando a
história da cidade de Santos não convenceu e rendeu um sétimo lugar.
Com recém completos trinta anos de
existência, a tricolor da Baixada tem uma direção estável, desde o início da
década. Um dos grandes líderes da história da agremiação, o Helinho, deixou a
presidência, dando lugar primeiro a Edson Alexandre e depois ao lendário Milton
Perácio, figura fundamental da história da escola. Outro terreno tranquilo da
Grande Rio é seu carro de som, revelando o talento de Emerson Dias, que assumiu
o microfone da escola em 2013, criando afinidade e ligação com seu pavilhão. Na bateria, a agremiação teve dois mestres marcantes dos últimos anos.
Primeiro, o lendário mestre Ciça, que comandou a invocada de 2010 a 2014,
quando, posteriormente, o mestre Thiago Diogo assumiu a responsabilidade. Essa
estabilidade é muito diferente da rotatividade da rainha à frente de seus
ritmistas. Apesar de não valer ponto, o posto teve grandes modificações na
última década, reforçando a alcunha de “escola dos artistas”.
Voltando aos seus carnavais, um dos
grandes momentos da história recente da Grande Rio foi a homenagem a Ivete
Sangalo, que levantou poeira e foliões nas arquibancadas, e proporcionou um
quinto lugar. Em 2018, depois da despedida de Fábio Ricardo, o desafio do
prestigiado casal Lage, recém-contratado, era fazer um grande desfile com uma
homenagem a Chacrinha, o velho guerreiro. O pré-carnaval desenhou-se bem e a
escola parecia mais do que pronta para brigar com unhas e dentes pelo primeiro
lugar, mas um incidente com o último carro alegórico prejudicou a evolução e
todo o desfile da tricolor se viu conturbado pelo contratempo. No fim das
contas, em penúltimo lugar, uma virada de mesa livrou a Grande Rio da Série A,
e, agora, em 2019, o desafio é provocar e questionar acerca das atitudes que
todos já tiveram alguma vez na vida, com o enredo intitulado “Quem nunca…? Que
atire a primeira pedra”. O time segue renovado nos quesitos de Comissão de Frente e Mestre-Sala e Porta-Bandeira e também no carro de som, com a chegada de Evandro Mallandro.
  

4- Salgueiro (Estabilidade é o lema)

Honrando seu lema de uma escola
diferente, ainda que seu último título tenha sido no último ano da década
passada (2009), o Salgueiro é, incontestavelmente, a agremiação mais estável da
década – como comprova a sua liderança no ranking de pontos da Liesa. De 2010 a
2018, não houve um ano sequer que a Academia do Samba não tenha grifado
presença no sábado das campeãs. Nestes nove carnavais, grande parte dos desfiles foram assinados pelo traço requintado de Renato e Márcia Lage, garantia de bons resultados nos quesitos plásticos.
O talentoso casal de carnavalescos teve
no Departamento Cultural da escola um grande parceiro, que dividiu a
responsabilidade pelo alto nível dos seus enredos apresentados. Além disso, a
escola contou com a boa administração de Regina Celi como um dos seus trunfos,
mantendo profissionais de ponta em vários quesitos, como Comissão de Frente,
liderada por Hélio Bejani durante mais de uma década e meia.


Para 2018, Márcia e Renato Lage
desligaram-se do Salgueiro após 15 anos na alvirrubra do Andaraí e Alex de
Souza, em 2018, assinou “Senhoras do ventre do mundo”, garantindo um belo
desfile e o TOP3 da tabela. Em 2019, a escola desfilará um dos maiores sonhos
dos torcedores: Xangô, o padroeiro da Academia e orixá que regeu o ano que
recém-findou. Um imbróglio judicial envolvendo a cadeira da presidência dividiu
a escola entre a chapa eleita, encabeçada por Regina Celi, e a oposição,
liderada por André Vaz. Depois de idas e vindas, demissões e contratações de
profissionais no pós-carnaval, o Salgueiro viu a gestão de Regina terminar por
determinação da justiça, que nomeou André como presidente da escola. Uma
reviravolta tomou conta do time de profissionais novamente, inclusive com a
volta de Quinho ao microfone, afastado desde 2014, e Marcella Alves e Sidclei
ao posto de primeiro casal, que ocupam desde 2014. O clima do Salgueiro, apesar
de contar com a força do canto da comunidade e um valente samba, é de indecisão
e mistérios ao redor de sua imagem consolidada.

5- Beija-Flor (Multi-campeã)

Ela, de fato, é maravilhosa e
soberana. Se pudéssemos definir a Beija-Flor em uma palavra, seria “vitoriosa”.
Sempre favorita, a azul e branca de Nilópolis consolidou-se como uma das maiores
campeãs do carnaval carioca e faz jus à fama de Deusa da Passarela. Conhecida
pela forte comissão de carnaval comandada por Laíla, o mestre do carnaval, em
2010, uma homenagem ao cinquentenário de Brasília conquistou a terceira
colocação.
No ano seguinte, reverenciando Roberto
Carlos, o “rei”, o azul e branco do beija-flor se confundiu como os tons
preferidos do cantor para reverenciar sua história e carreira, coroada com o
campeonato ao fim da década. Dali para frente, todos os anos tiveram passaporte
carimbado para o sábado das campeões, exceto pelo ano de 2014, em que uma
homenagem a Boni deixou a nilopolitana, pela primeira vez desde 1992, de fora
do ranking das seis melhores apresentações.
Além da apaixonada e entregue
comunidade, a estabilidade da azul e branco vem dos grandes nomes que dão
expediente na agremiação há longo tempo e se tornam sua marca. Um dos grandes intérpretes do carnaval, Neguinho da Beija-Flor acumula mais de quarenta anos
no microfone da escola e o soberbo casal Selminha e Claudinho está junto do
pavilhão do agremiação há mais de vinte anos. A liderança em Nilópolis também
segue a pulso firme da família Abrahão David, responsáveis pela ascensão da
escola desde 1976.
Esse elenco nilopolitano é a força que
ajudou a escola a ganhar mais um dos seus títulos em 2015, cantando a história
da Guiné Equatorial com um belíssimo samba e com polêmicas referentes ao
patrocínio do governo da Guiné e da situação política e econômica do país. Em
2017, ao tentar inovar na divisão cênica do desfile, a ideia de abolir alas e
mesclar fantasias num enredo sobre Iracema não convenceu os jurados, apesar do
belo conjunto alegórico, e a escola garantiu a última vaga para participar do
sábado das campeãs.
Já em 2018, também querendo ousar, com
uma crítica social sobre os “abandonados” pelo país, o desfile da agremiação
mostrou uma nova estética, mas gerou confusão em muitos espectadores quanto ao
enredo e dúvidas sobre a o visual “cru” e pouco carnavalizado. Com viés
político, a escola acabou faturando mais um título na década, mas viu Laíla,
diretor de carnaval e harmonia e figura fundamental à história do carnaval, dar
adeus ao seu cargo depois de anos sendo o coração da Beija-Flor. Em 2019, a
comissão de carnaval segue com o desafio de contar os 70 anos da própria escola
e a expectativa fica por conta do questionamento acerca de como as coisas se
darão depois de tantos anos sob o comando de Laíla.

 6- Imperatriz (Em busca da renovação)

Depois de uma parceria vitoriosa,
duradouro e já desgastada com a professora Rosa Magalhães, a Imperatriz iniciou
a década em uma prova de fogo. Para tal missão, o carnavalesco Max Lopes foi o
escolhido para volta a verde e branco, em 2010, vinte anos após o seu título na
agremiação. O trabalho do Mago das Cores na escola se prolongou por mais dois
carnavais, em que conquistou sempre posições medianas, com apresentações que
não empolgaram muito.
Em 2013, uma homenagem ao Pará marcou
uma virada na história da agremiação, com a estreia de Cahê Rodrigues e o
reforço dos cenógrafos Mário e Kaká Monteiro. Surpreendendo, a escola fez um
belo desfile coroado com um merecido terceiro lugar. Em 2014, apenas Cahê
seguiu no posto de carnavalesco e o enredo que saudou a vida de Zico, um dos
maiores ídolos do futebol brasileiro, abriu buracos e gerou problemas de
evolução, mas balançou o público e o júri. Um quinto lugar garantiu a volta da
escola pelo segundo ano consecutivo no sábado das campeãs. Nos dois anos
seguintes, a escola beliscou o sexto lugar e em 2017, com um resultado questionável,
ficou de fora das campeãs por pequenos problemas durante um desfile emocionante
sobre o Xingu e a relevância do respeito à população indígena, ameaçada e
perseguida até a contemporaneidade. 
Seguindo comandados pela família
Drummond e o diretor de carnaval Wagner Araújo, a Rainha de Ramos também se
destacou nesse período por seus grandes sambas, escolhidos através de
disputados concursos de compositores. A bateria se viu perdida no início da
década, com a perda precoce de seu Mestre Marcone em 2011, demorando a achar
novamente o prumo, que só aconteceu totalmente com a chegada de Mestre Lolo em
2016. Outro setor com alta rotatividade nas bandas de Ramos foi o posto de
cantor oficial da agremiação. Ao longo dos últimos anos, nomes como
Dominguinhos do Estácio, Wander Pires, Negô, Marquinhos ArtSamba passaram pelo
carro de som da escola, até se estabilizar nos últimos três anos com a chegada
de Arthur Franco.
Para 2019, a verde e branco aposta em
novos rumos e mistura crítica e bom humor com o enredo “Me dá um dinheiro aí”,
que sinaliza o retorno de Mário e Kaká Monteiro, após a passagem duradoura e
sem tantos brilhos de Cahê Rodrigues. Apesar de ter sido batizada como a
certinha de Ramos na era Rosa Magalhães, “estável” não é o melhor rótulo para a
Imperatriz Leopoldinense na última década.

 

7- Unidos da Tijuca (Estabilidade
desafiada)

Hoje, pensar em Unidos da Tijuca nos
leva, inevitavelmente, ao ano que marcou o início da década e a história da
agremiação. Em 2010, o desafio da Tijuca era surpreender com o enredo “É
Segredo”, que evidenciou a volta de Paulo Barros à escola depois de três
carnavais assinando desfiles em outras co-irmãs. Desfilar no domingo, em uma
posição baixa, nunca foi sinônimo de boa sorte, mas todas as certezas caíram
por terra quando a escola iniciou sua apresentação arrebatadora com a comissão
de frente que revolucionou o quesito ao realizar trocas de roupas e truques
ilusionistas em plena pista. Não restava dúvida que a azul e amarela faturaria
o caneco e assim se fez: a Unidos da Tijuca consagrou-se campeã depois de 74
anos sem ganhar um título pelo Grupo Especial.
E os anos pares pareciam trazer ventos
de vitórias à agremiação: depois de um vice-campeonato em 2011, a escola
beliscou mais um campeonato em 2012, com uma homenagem a Luiz Gonzaga, e outro em
2014, ao brindar a vida e trajetória de Ayrton Senna. Três títulos em seis
carnavais significavam mais do que sorte: a manha de uma escola que, renovada,
conseguiu construir uma base sólida e tornou-se referência de desfiles e uma
defensora nata de quesitos, apropriando-se dos chamados “desfiles
técnicos”, que aliam harmonia e evolução com fortes quesitos plásticos.
Em 2015, chegou ao fim o casamento com
Paulo Barros e a agremiação seguiu com uma comissão de carnaval, quando
conquistou um quarto lugar. Em 2016, mordiscou mais um segundo lugar com um
enredo que mesclava o conhecido CEP com o patrocínio do agronegócio. Os dois
últimos anos, no entanto, não combinaram com a máquina de fazer carnavais e
títulos que o público se acostumou durante essa década. Em 2017, a inabalável
tijucana viu sua fortaleza abalada: um acidente com um carro alegórico machucou
desfilantes e viu uma Avenida inteira derramar lágrimas diante da tristeza e
gravidade do ocorrido; não houve rebaixamento aquele ano, mas a agremiação
terminou em penúltimo lugar. Em 2018, o desafio era se recuperar e a escola
homenageou Miguel Falabella com um desfile digno e um sétimo lugar.
No próximo carnaval, a Tijuca contará
a história do pão e gera as melhores expectativas por três fatores que empolgam
sambistas e torcedores da agremiação: a chegada de Laíla, um samba que está
sendo bem cantando pela comunidade e a missão de fechar o primeiro dia de
desfiles do Grupo Especial.
Gostou da nossa retrospectiva da década? Então se liga: a segunda parte, sobre as escolas de samba que desfilarão na Segunda-Feira de carnaval, sairá na quinta-feira! Até lá! 

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