Por Redação Carnavalize
A Unidos do Viradouro foi a terceira escola a se apresentar na Avenida e, favoritíssima no pré-carnaval, levou ao público o enredo “Vira a cabeça, pira o coração – loucos gênios da criação”, assinado por Edson Pereira, carnavalesco que assumiu o comando depois da saída de Jorge Silveira.
A Comissão de Frente, comandada por Márcio Moura, apresentou um elemento cenográfico suspenso, já que o regulamento diz que o uso dos elementos sobre rodas é proibido, mas a escola conseguiu achar a brecha. A coreografia era bem ensaiada e correta, sem grandes explosões mas com qualidade. O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, que chegou recentemente à escola de Niterói, é formado pelos experientes Julinho e Rute, que vieram da Unidos da Tijuca. Os dois enfrentaram, também, problemas e o pavilhão enrolou na frente do segundo módulo de jurados. A apresentação, apesar do entrosamento do casal, foi irregular.
O abre-alas da Viradouro, que passou com o segundo chassi apagado (Foto: Vitor Melo) |
As alegorias foram muito cenográficas, harmoniosas, apresentaram acabamentos impressionantes e de muita beleza. O abre-alas passou com o segundo chassi apagado, mas a superioridade do conjunto em relação às demais escolas é um ponto que equilibra bem o pequeno problema.
As fantasias luxuosas eram muito claras e coloridas, além de bem resolvidas, e o enredo, apesar de não ter seguido o melhor desenvolvimento e tendido ao clichê, teve nas vestimentas uma ótima solução.
A última alegoria da alvirrubra de Niterói (Foto: Vitor Melo) |
A bateria de Mestre Maurão passou muito bem, assim como o intérprete Zé Paulo Sierra, e as arquibancadas responderam excelentemente a escola, e a comunidade às bossas que acompanhavam o verso “sou Viradouro, sou paixão”.
Confirmando o favoritismo do pré-carnaval, a escola, certamente, buscará as melhores posições da tabela final na apuração da quarta-feira de cinzas.