#Carnaval2018 – Bangu incorpora realeza africana pensando na permanência na Série A

Por Redação Carnavalize
Foto: Vitor Melo/Carnavalize
Abrindo os trabalhos da temporada de 2018, a Unidos de Bangu levou à Sapucaí o enredo “A Travessia de Calunga Grande e a Realeza Africana”, desenvolvido pelo carnavalesco Cid Carvalho.
Falando sobre os nobres de diversos reinos da África que foram escravizados ao serem trazidos para o Brasil, a Comissão de Frente comandada por Jorge Teixeira e Saulo Finelon, também coreógrafos da Mocidade Independente de Padre Miguel, retratava a coroação de Chico Rei, escravo congolês que comprou sua alforria e virou rei em Ouro Preto. A coreografia bem desenvolvida foi um dos pontos altos de todo o desfile, principalmente ao estender o manto sagrado da escola durante a apresentação, e o segmento cumpriu bem o papel de apresentar o enredo. 
As alegorias, por sua vez, apresentaram bastante oscilação, sendo o abre-alas e o terceiro carro os mais positivos, e o segundo e o último os mais precários. As fantasias também prejudicaram a totalidade estética do desfile e foram, provavelmente, um dos pontos mais fracos durante a passagem da escola.
Abre-alas da Unidos de Bangu (Foto: Vitor Melo)

A bateria Caldeirão da Zona Oeste, comandada pelo estreante mestre Leo Capoeira que veio da co-irmã Curicica, também foi um dos destaques positivos da escola. As bossas foram muito bem trabalhadas, assim como o samba que funcionou bem, mas infelizmente a harmonia ficou comprometida por uma ausência de resposta da escola, e o público presente pareceu mais animado que os próprios componentes na interação. A agremiação apresentou uma evolução correta. 

Problemas na segunda alegoria da agremiação (Foto: Vitor Melo)

Por fim, o enredo foi de extrema relevância, mas passou como um “arroz com feijão” pela falta de leitura através das fantasias. A escola mostrou dignidade ao abrir os desfiles mas estourou em um minuto o tempo máximo.

Comente o que achou:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja mais

Posts Relacionados

Projeto “Um carnaval para Maria Quitéria” valoriza a folia e conta com ilustrações de carnavalescos renomados

Projeto “Um carnaval para Maria Quitéria” valoriza a folia e conta com ilustrações de carnavalescos renomados

 A Jac Produções lança o projeto "Um carnaval para Maria Quitéria", que desenvolveu um estudo de desfile de escola de samba em homenagem a essa heroína da nossa independência. O

O aroma que vem da Glória: a alegria da MUG ao sabor de um samba inesquecível

O aroma que vem da Glória: a alegria da MUG ao sabor de um samba inesquecível

Arte de Julianna LemosPor Adriano PrexedesSejam bem-vindos de novo! Desta vez, nossa aventura sambística nos levará para outro destino: vamos até o Espírito Santo para conhecer a trajetória de uma

#Colablize: A infraestrutura do carnaval carioca hoje – o que precisa ser feito

#Colablize: A infraestrutura do carnaval carioca hoje – o que precisa ser feito

    Arte de Lucas MonteiroPor Felipe CamargoJá se tornou algo que os amantes do Carnaval carioca debatem e mencionam todos os anos. Com um misto de esperança, medo e reclamação,

A locomotiva azul e rosa: São Paulo nos trilhos do sucesso da Rosas de Ouro

A locomotiva azul e rosa: São Paulo nos trilhos do sucesso da Rosas de Ouro

Arte de Jéssica BarbosaPor Adriano PrexedesAtenção! Vamos embarcar numa viagem carnavalesca pela cidade que nunca para. Relembraremos uma São Paulo que, durante a folia, se vestia de cores vibrantes. De

ROSA X LEANDRO: Quando os carnavalescos ocupam as galerias de arte

ROSA X LEANDRO: Quando os carnavalescos ocupam as galerias de arte

 Arte por Lucas MonteiroTexto: Débora Moraes Rosa Magalhães e Leandro Vieira são os carnavalescos que mais tiveram seus trabalhos exibidos em exposições em instituições de arte. Além de colecionarem esse título,

A Lição da Mancha Verde: uma passagem pela história de persistência da escola e por um de seus desfiles históricos

A Lição da Mancha Verde: uma passagem pela história de persistência da escola e por um de seus desfiles históricos

 Arte de Lucas XavierPor Adriano PrexedesO ano era 2012, considerado por muitos um dos maiores carnavais da história do Sambódromo do Anhembi. A folia, geralmente, é lembrada pelo grande público

VISITE SAL60!

SOBRE NÓS

Somos um projeto multiplataforma que busca valorizar o carnaval e as escolas de samba resgatando sua história e seus grandes personagens. Atuamos não só na internet e nas redes sociais, mas na produção de eventos, exposições e produtos que valorizem nosso maior evento artístico-cultural.

SIGA A GENTE

DESFILE DAS CAMPEÃS

COLUNAS/SÉRIES