Por Beatriz Freire
O carnaval de São Paulo, inegavelmente, é um dos que mais cresce e ganha espaço no Brasil. Apesar disso, é impossível ignorar a relevância que a festa momesca tem em terras cariocas. Para ilustrar tamanho crescimento da folia e a união entre os carnavais, Felipe de Souza, Beatriz Freire e Jéssica Barbosa se reuniram para detalhar samba e enredo das 27 escolas que passarão pelo Anhembi e pela Marquês de Sapucaí em 2018. Os textos estarão disponíveis às segundas, quartas e sextas, seguindo o resultado do último carnaval.
Após a despedida de Rosa Magalhães, que assinou três carnavais pela escola da zona sul, a São Clemente promete uma nova cara a partir do desfile de 2018, que será comandado por Jorge Silveira, vice-campeão do carnaval de São Paulo pela Dragões da Real e, também, da Série A do Rio de Janeiro, na Viradouro. Assim, a agremiação trará o enredo “Academicamente Popular”, uma homenagem aos 200 da Escola de Belas Artes. A expectativa fica pela estreia de Jorge no Grupo Especial carioca e por alegorias maiores que as do ano anterior, que foram mais compactas – dentro do estilo de Rosa – e perderam pontos, de forma questionável, do júri oficial. Mais uma novidade foi a contratação de Amanda Poblete, agora nova primeira porta-bandeira da escola, que fará par com Fabricio Pires, já veterano da agremiação clementiana. Kiko Guarabyra também foi anunciado há poucos dias como o novo coreógrafo da Comissão de Frente da escola e fará sua primeira passagem como profissional do carnaval carioca. Com um dos barracões mais adiantados da Cidade do Samba, a escola clementiana está confiante e segue firme para a busca de um resultado melhor do que os que alcançou nos últimos anos.
O samba:
O samba da São Clemente, inegavelmente, foi um dos que mais cresceram desde a sua escolha. A parceria vencedora foi a de Ricardo Góes e no início não agradava tanto ao grande público, o que não passou da pura questão de costume, já que é possível ver uma boa aceitação do samba agora, a pouco mais de um mês do carnaval. O belo trabalho do intérprete Leozinho Nunes pode ter sido um dos fatores contribuintes e mostra o motivo de ser tão elogiado e, também, um intérprete que vemos defendendo muitos sambas na época das disputas das agremiações. Fato é que a faixa clementiana não chega a estar entre as melhores do ano, mas também não periga estar entre as piores. Um samba agradável se manteve no meio das duas zonas e só resta saber se ele funcionará na Avenida.
A São Clemente será a segunda escola a desfilar no domingo de Carnaval.