#Carnaval2022: Império da Tijuca – Conjunto arrebatador e belas alegorias colocam escola na briga pelas cabeças

Por Redação Carnavalize
Após uma estreia confortável pelo Império da Tijuca em 2020, o carnavalesco Guilherme Estevão e a agremiação decidiram dar um passo maior, rumo à briga direta por uma vaga na elite do carnaval carioca. O enredo escolhido foi intitulado “Samba de Quilombo”, uma homenagem ao G.R.A.N.E.S Quilombo, fundado pelo lendário Candeia, com o intuito de resgatar e preservar as raízes ancestrais do samba.
A consistente comissão de frente, comandada por Lucas Maciel, “Ancestralidade e raiz”, apresentou uma sequência de atos na avenida, incluindo uma troca de figurinos pelos seus componentes e a exaltação da arte negra. O ponto alto foi justamente o momento em que o corpo de baile, prestando homenagem ao Quilombo do Samba, assume os papéis de personagens de uma escola de samba. No geral, a comissão estava bem ensaiada e foi bastante agradável. Por sua vez, o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Renan Oliveira e Laís Lúcia, juntos pelo segundo ano, exibiu entrosamento e não teve desencontro. A dupla esbanjou belos figurinos, em amarelo. Com giros leves, Laís foi cortejada com categoria por Renan. Por fim, o casal ainda usou satisfatoriamente o espaço cenográfico.
Competente primeiro casal do Império (Foto: Vítor Melo)
Luxuosa, a agremiação contou com algumas das melhores alegorias do grupo, com destaque para a segunda, uma das mais bonitas que passou pelo Sambódromo. Trata-se de um trabalho primoroso de acabamento, materiais, volumetria, cor. Já as fantasias deixaram um pouco a desejar, em termos de soluções e cromática. Contudo, os figurinos passam longe de serem fracos. Cabe ressaltar ainda que o enredo é desenvolvido com clareza e concisão, ao narrar a história do Quilombo. 
Detalhes de bela alegoria da escola (Foto: Vítor Melo)
A bateria de Mestre Jordan empolgou e sustentou com tranquilidade o elogiado samba-enredo, entoado com maestria por Daniel Silva. A parte musical não ficou devendo, de modo que o samba se provou um dos melhores da Série Ouro, culminando também em uma forte harmonia. 
Mesmo com problemas pontuais de evolução, como a correria diante de alguns setores, já mais pro final do cortejo, o Império da Tijuca arrebatou e tem quesitos para disputar nas cabeças. 

 

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