#Carnaval2022: Lins Imperial – Escola passa divertida, mas com altos e baixos

 

Por Redação Carnavalize
Pertencimento e popularidade deram o tom na homenagem que a Lins Imperial, de volta à segunda divisão do carnaval carioca, fez a um dos seus mais célebres frutos: Antônio Carlos Bernardes Gomes, ou apenas Mussum, o eterno trapalhão do Brasil. Com o enredo “Mussum pra sempris! Traga o mé que hoje com a Lins vai ter muito samba no pé”, assinado pelos carnavalescos Eduardo Gonçalves e Ray Menezes, a escola rememorou a vida do humorista, ator e sambista, criador de inconfundíveis expressões e sucessos que caíram no gosto popular.
A comissão de frente contou com a direção coreográfica de Carlos Bolacha e trouxe um volumoso elemento alegórico representando o Morro da Cachoeirinha, de onde o homenageado é originário. O corpo de dança apareceu vestido de Mussum, em tons de verde e rosa. A simpática e correta apresentação empolgou o público. Por sua vez, o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da agremiação, formado por Jackson Senhorinho e Manoela Cardoso, demonstrou uma evolução em relação ao ensaio técnico. Estavam bem vestidos, apesar da disparidade entre as nuances de verde nas fantasias dos dois. No geral, se apresentaram sem maiores problemas. Cabe destacar, porém, que a porta-bandeira deu algumas ajeitadas no mastro denunciando certas escorregadas. Por fim, o mestre-sala se mostrou especialmente elegante.
Simpática Comissão de Frente da Lins (Foto: Thomas Reis)
Apostando em um enredo leve e popular, a escola fez um desfile bastante claro, com ótima leitura. As fantasias refletiram tal proposta, materializada em figurinos leves, que permitiram a brincadeira dos componentes. A cromática, marcada pelo abuso do verde e do rosa, em contraste forte, casou perfeitamente com o tom descontraído do desfile e com o homenageado. As alegorias eram, em grande medida, bem solucionadas, apesar de apresentarem alguns problemas de formas. O último carro, porém, passou abaixo dos demais, em termos de acabamento.
Detalhes de tripé da escola (Foto: Vítor Melo)
A bateria do Mestre Átila teve alguns problemas durante o cortejo, como uma pequena atravessada, sendo que o samba-enredo também não ajudou. O rendimento foi um pouco abaixo do esperado e a obra musical não animou tanto o desfile. Isso culminou em uma harmonia irregular, que deixou a desejar.
O calcanhar de Aquiles da Lins foi mesmo a evolução, que ficou bastante comprometida. Além de correr para cumprir o tempo regulamentar, a escola abriu diversos buracos na Marquês de Sapucaí. 
Considerando os altos e baixos do desfile, a Lins não deve brigar por muita coisa e figurar na segunda metade da classificação. 

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