#Carnaval 2018 Viradouro e UPM na briga pelo título, saiba como foram os desfiles de sábado

Superando as expectativas, as escolas da Série A apresentaram uma grande noite de desfiles. Mesmo em meio as dificuldades, as agremiações se destacaram e mostraram que a cada ano o grupo fica cada vez mais equilibrado. 
Começando pelas decepções, a Rocinha surpreendeu negativamente numa apresentação marcada por muitos erros. Na plástica, faltaram fantasias e as alegorias pecaram no acabamento. Enquanto na pista, a evolução da borboleta também foi conturbada, comprometendo a busca por uma boa posição da tricolor. Dificuldades que também enfrentaram as duas primeiras escolas da noite, que fizeram apresentações irregulares também. A Alegria da Zona Sul desfilou aguerrida numa bela homenagem a Luiza Mahin, enquanto a Santa Cruz oscilou em maus momentos com alegorias decepcionantes e um enredo confuso, sofrendo ainda prolemas de evolução. Já que o último carro teve problemas para entrar na avenida.
A maior surpresa da noite veio da Cubango, a dupla de carnavalescos Leonardo Bora e Gabriel Haddad fez uma excelente estreia no grupo, num desfile emocionante sobre o artista Bispo do Rosário, apostando numa estética artesanal e lúdica. A escola só teve problemas na saída de suas alegorias, o que acabou atrasando o desfile da Inocentes. A tricolor da Baixada, contundo, fez um desfile bem irregular sobre a cidade de Magé, o enredo CEP oscilou entre boas e péssimas alegorias em um desfile frio e sem maiores qualidades. 
Sobrando na noite, as duas vermelhos e brancos confirmaram o favoritismo do pré-carnaval e fizeram desfiles exuberantes, formando uma espécie de sub-grupo acima das demais escolas da segunda divisão. A Viradouro apostou em alegorias gigantescas e cenográficas, com figurinos de fácil leitura apesar do complicado enredo. Mesmo levantando as arquibancadas e contando com um bom canto de seus componentes, o samba-enredo da escola de Niterói não brilhou tanto e pode ser um prejudicador. 
Encerrando a noite, a Unidos de Padre Miguel entrou arrastando a Sapucaí numa arrancada impressionante e com muita propriedade. O conjunto plástico riquíssimo surpreendeu pelas cores, além da monumentalidade das alegorias e opulência da fantasias. Com uma evolução impecável e excelente harmonia, o Boi Vermelho se destacou com seu bom samba, ao contrário de sua principal rival. Outro fator importante, nessa briga direta, é que mesmo com alegorias imponentes, ambas apresentaram falhas no quesito. Enquanto a Viradouro passou com o acoplamento do abre-alas apagado e pequenos problemas de acabamento na última alegoria, a UPM também vacilou na calda da grande Iara de seu terceiro carro, também com visíveis problemas de finalização. 
Agora é esperar a quarta-feira de cinzas e vê como se desenha os destinos das 13 agremiações do grupo. Fica a imagem que a Série A deixou na Sapucaí, a prova do quanto as escolas de samba ainda resistem aos tempos difíceis que vivem.

Saiba como foi cada escola num panorama completo de quesitos:

Aguerrida, Alegria faz o dever de casa e exime chances de queda

Tecnicamente problemática, Santa Cruz canta a esperança

Com arte, talento e capricho, Cubango se candidata às primeiras posições

UPM desvenda o Eldorado na busca pelo sonhado título

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