Por Redação Carnavalize
Quinta escola a se apresentar, a Renascer de Jacarepaguá trouxe o enredo “Renascer de Flechas e de Lobos”, uma homenagem a Heitor Villa Lobos, depois de um pré-carnaval conturbado, marcado até mesmo por incêndios. Tony Tara, coreógrafo da Comissão de Frente, comandou um corpo de baile que apresentava bem o desfile e tinha beleza, mas a dança deixou a desejar e os elementos que usaram – troncos de árvores – não tiveram seus movimentos bem planejados e sincronizados. Muitas vezes, os bailarinos se encontravam e a fluidez dos movimentos foi comprometida.
O desfile, de maneira geral, foi regular e as boas alegorias contaram com o uso da reciclagem de algumas esculturas, o que deu um bom visual, mas alguns dos carros tinham uma estética “poluída” e as cores nem sempre conversavam bem. A última alegoria passou apagada nos primeiros setores da Avenida.
Alegoria da Renascer de Jacarepaguá, que reutilizou bem algumas esculturas cedidas pelas co-irmãs (Foto: Leonardo Antan) |
O enredo apresentou o fio-condutor apenas no início e no encerramento do desfie, que mais parecia uma sucessão de elementos e animais da Amazônia que não configuraram um desenvolvimento bem amarrado.
A bateria da escola de Jacarepaguá passou de maneira regular, mas o carro de som – comandado pelo excelente Diego Nicolau – não se apresentou tão bem e foi um dos pontos mais fracos do cortejo.
A harmonia e a evolução, por sua vez, foram bastante competentes e cumpriram seus papeis de maneira superior às apresentações dos anos anteriores. A tribo Jacarepaguá, com tranquilidade, deve garantir um lugar confortável no meio da tabela na quarta-feira de cinzas.