Por Redação Carnavalize
Com um enredo pra lá de incompreendido intitulado “O Frasco do Bandoleiro”, a Inocentes de Belford Roxo foi a sexta escola a cruzar a Avenida nesta noite de desfiles. A novidade ficou por conta da chegada de Marcus Ferreira à agremiação para ocupar o cargo de carnavalesco.
A comissão de frente, dirigida pelo experiente Patrick Carvalho, foi bem coreografada e representou o bando de Lampião. Sem um momento de explosão, o bom desempenho dos bailarinos assegurou uma passagem correta do grupo pelas cabines de julgamento. O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, formado pelos parceiros de longa data Peixinho e Jaçanã, veio com uma indumentária diferente do tradicional e também fez uma boa apresentação.
Peixinho e Jaçanã vieram com as cores da escola, numa indumentária diferente das tradicionais |
Plasticamente, alegorias e fantasias variaram entre bons e maus momentos. Enquanto os dois primeiros carros vieram bem acabados, os dois últimos oscilaram negativamente: ambos apresentaram problemas de acabamento e composições vazias. As cores cítricas e a paleta de cores bem exploradas foram o ponto alto do conjunto plástico da escola. As vestimentas dos componentes transitaram de boas soluções pra não tão boas, tendo algumas alas poucos desfilantes. O enredo, já tão incompreendido no pré-carnaval, não se fez atingível mesmo depois do desfile e a setorização não auxiliou uma leitura por parte do público.
A bateria do mestre Washington foi correta mas não proporcionou grandes momentos de explosão, e apesar da volta de Nino do Milênio, intérprete já identificado com a escola, a harmonia deixou a desejar no quesito empolgação. Sem problemas com buracos, a escola não apresentou as mesmas dificuldades que as escolas anteriores, ao tempo em que a fluidez não foi plena.
Correta e colorida, a escola não impactou.