#Carnaval2019 – Unidos da Tijuca: Pão sai quente do forno com passagem técnica da escola

Por Redação Carnavalize
Laíla. As cinco letras que formam este nome foram suficientes para dar à Tijuca, escola que teve incontestável crescimento na última década, o que lhe faltava, mesmo depois de três campeonatos conquistados desde 2010. Com o reforço deste renomado profissional, a Tijuca também recebeu Fran Sérgio para integrar a comissão de carnaval que desenvolveu o enredo “Cada macaco no seu galho. Ó, meu pai, me dê o pão que eu não morro de fome”, uma viagem pela história do alimento que está na mesa de quase todos os brasileiros. 
Estreante no Grupo Especial, Jardel Lemos assumiu a comissão de frente tijucana em seu primeiro ano pela agremiação. O conjunto apresentou uma coreografia bastante simples, apesar da boa execução, e fez uso de um elemento cenográfico de apoio que girava e jogava pequenos pedaços de algo que tinha como intenção representar o pão e era oferecido ao público. A representação da miséria e do alimento do corpo trouxe uma grande simbologia à apresentação. 
Alex Marcelino, que já era mestre-sala da agremiação desde o último carnaval, recebeu Raphaela Caboclo, sua parceira de antigos carnavais, como porta-bandeira para que juntos formassem o primeiro casal da Tijuca. Com uma linda indumentária amarelo ouro, o reencontro transmitiu segurança e a apresentação foi bela e os passos bem executados. O entrosamento dos dois acrescentou brilho ao bailado. 
Primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da escola fez uma excelente apresentação
O conjunto alegórico se manteve regular e optou pela presença de grupos que atuavam em atos antes cada uma das alegorias. Dentre as desfilantes da noite, as alegorias se mantiveram acima da média, com destaque para o carro do navio negreiro, que impressionou as arquibancadas. O último carro, porém, já foi um contraponto em que a qualidade não era das melhores. As fantasias também deixaram a desejar em dados momentos do desfile, principalmente quando se leva em consideração que a comunidade do Borel tem o costume de vir bem vestida. O enredo, porém, se mostrou confuso e a dose de religiosidade e mesmo da escravidão desviaram qualquer chance de clareza ao longo da passagem da escola pela Avenida. 
Quarta alegoria tijuca trazia a partilha do pão por Jesus Cristo.
A Pura Cadência de mestre Casagrande é sempre um show a parte e foi, inquestionavelmente, o grande trunfo da escola. Wantuir, que está de volta à agremiação depois de dez anos, conduziu brilhantemente o samba que ferveu o chão da escola. A comunidade tijuca é famosa pelo canto forte e desta vez não foi diferente. A evolução não apresentou grandes problemas e foi similar ao trabalho que Laíla exercia na Beija-Flor de Nilópolis e a escola encerrou o desfile com gritos de “é campeã”. 
Defendendo quesitos e confirmando o favoritismo, a escola se destacou como a melhor da noite e deve brigar pela mão na taça.

Comente o que achou:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja mais

Posts Relacionados

Projeto “Um carnaval para Maria Quitéria” valoriza a folia e conta com ilustrações de carnavalescos renomados

Projeto “Um carnaval para Maria Quitéria” valoriza a folia e conta com ilustrações de carnavalescos renomados

 A Jac Produções lança o projeto "Um carnaval para Maria Quitéria", que desenvolveu um estudo de desfile de escola de samba em homenagem a essa heroína da nossa independência. O

O aroma que vem da Glória: a alegria da MUG ao sabor de um samba inesquecível

O aroma que vem da Glória: a alegria da MUG ao sabor de um samba inesquecível

Arte de Julianna LemosPor Adriano PrexedesSejam bem-vindos de novo! Desta vez, nossa aventura sambística nos levará para outro destino: vamos até o Espírito Santo para conhecer a trajetória de uma

#Colablize: A infraestrutura do carnaval carioca hoje – o que precisa ser feito

#Colablize: A infraestrutura do carnaval carioca hoje – o que precisa ser feito

    Arte de Lucas MonteiroPor Felipe CamargoJá se tornou algo que os amantes do Carnaval carioca debatem e mencionam todos os anos. Com um misto de esperança, medo e reclamação,

A locomotiva azul e rosa: São Paulo nos trilhos do sucesso da Rosas de Ouro

A locomotiva azul e rosa: São Paulo nos trilhos do sucesso da Rosas de Ouro

Arte de Jéssica BarbosaPor Adriano PrexedesAtenção! Vamos embarcar numa viagem carnavalesca pela cidade que nunca para. Relembraremos uma São Paulo que, durante a folia, se vestia de cores vibrantes. De

ROSA X LEANDRO: Quando os carnavalescos ocupam as galerias de arte

ROSA X LEANDRO: Quando os carnavalescos ocupam as galerias de arte

 Arte por Lucas MonteiroTexto: Débora Moraes Rosa Magalhães e Leandro Vieira são os carnavalescos que mais tiveram seus trabalhos exibidos em exposições em instituições de arte. Além de colecionarem esse título,

A Lição da Mancha Verde: uma passagem pela história de persistência da escola e por um de seus desfiles históricos

A Lição da Mancha Verde: uma passagem pela história de persistência da escola e por um de seus desfiles históricos

 Arte de Lucas XavierPor Adriano PrexedesO ano era 2012, considerado por muitos um dos maiores carnavais da história do Sambódromo do Anhembi. A folia, geralmente, é lembrada pelo grande público

VISITE SAL60!

SOBRE NÓS

Somos um projeto multiplataforma que busca valorizar o carnaval e as escolas de samba resgatando sua história e seus grandes personagens. Atuamos não só na internet e nas redes sociais, mas na produção de eventos, exposições e produtos que valorizem nosso maior evento artístico-cultural.

SIGA A GENTE

DESFILE DAS CAMPEÃS

COLUNAS/SÉRIES