#Carnaval2020 – Portela: cortejo técnico exalta Guajupiá

Por Redação Carnavalize
Encerrando o primeiro dia de desfiles, a Portela cruzou a Avenida com o enredo “Guajupiá, terra sem males”, desenvolvido pelos novos carnavalescos da escola, Renato e Márcia Lage. Com o dia já claro, a escola ferveu a Sapucaí até os últimos minutos.
A comissão de frente foi comandada por Carlinhos de Jesus, que elaborou uma coreografia muito bem marcada, com passos indígenas. Simbolizando um ritual tupinambá, o uso do led para representar o fogo se mostrou duvidoso e até dispensável; outras soluções cênicas comporiam muito melhor a apresentação. O efeito foi imples: um homem era posto deitado e trocado por um boneco, que tinha sua cabeça arrancada. O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Marlon Lamar e Lucinha Nobre, fez uma boa apresentação em frente ao primeiro módulo de jurados. A fantasia de Lucinha incorporou uma barriga de gestante, o que visualmente surpreendeu pelo realismo, mas não acrescentou à beleza ou à técnica do casal. Em frente ao setor 6, Lucinha sofreu um pequeno tropeço e acabou enrolando o pavilhão no mastro. Apesar disso, graças à expertise da veterana, há chances de descarte da nota, a depender da apresentação nas outras cabines de julgamento.
Casal da Portela enfrentou contratempo, mas fez bela apresentação para o primeiro módulo de jurados. 
Os Lages fizeram uma linda releitura da tradicionalíssima águia da Portela e apostaram numa abertura azul e branca, cores tradicionais da escola. A partir do segundo setor, houve um excelente uso de cores, que passearam pelo verde e pelo amarelo, solucionando muito bem a paleta para o desfile que se realizou com o dia claro. O conjunto alegórico tinha formas simples, mas também belas esculturas e se mostraram muito bem acabadas, mostrando diferentes elementos indígenas, ao contrário das fantasias que, apesar de bem feitas, se repetiram por algumas vezes. Dentro do proposto, o enredo se mostrou bem desenvolvido. O destaque negativo recai sobre a última alegoria, mais urbana, que destoou muito do restante.
Detalhes da alegoria denominada “Maloca”. (Foto: Felipe de Souza)
Em termos de harmonia, a escola passou quicando, com um canto de altíssimo nível. A evolução se mostrou perfeita e Gilsinho mostrou o porquê é considerando um dos maiores intérpretes do carnaval carioca.
Apesar dos deslizes da comissão de frente e do casal, a Portela fez um lindo encerramento do primeiro dia e se credencia à briga pelo título.

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