Por Redação Carnavalize
Segunda escola a desfilar no primeiro dia da Série A, a Rocinha contou a história de Maria Conga, uma das mais respeitadas Pretas Velhas da Umbanda, também considerada a heroína de Magé, onde formou um quilombo depois da sua libertação.
A comissão de frente comandada pelo estreante Junior Barbosa se mostrou muito bem resolvida, apesar de simples, e trouxe um bom trabalho coreográfico que rendeu um lindo efeito com o tecido das vestes dos bailarinos. O ponto alto acontecia na aparição de Maria Conga, a homenageada, cumprindo bem a função de apresentar o enredo. O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Vinicius Jesus e Viviane Oliveira, fez uma coreografia muito interessante de passos seguros e bem executados. Além disso, os dois trajavam lindas fantasias de estética africana.
A comissão de frente da Rocinha foi comandada pelo estreante Júnior Barbosa. (Foto: Vitor Melo) |
O conjunto alegórico do experiente Marcus Paulo (carnavalesco do trio da Unidos da Tijuca), recém-chegado à Rocinha e em seu primeiro trabalho solo, foi muito honesto, com um belo trabalho cromático e soluções de materiais interessantes. Os destaques foram o bom acabamento e o carro do tambor.
A segunda alegoria da escola trouxe o quilombo de Maria Conga, feito com bambus colhidos em Magé, (Foto: Vitor Melo) |
As fantasias também tinham um bom trabalho de cores, mas apresentaram materiais e acabamentos muito simplórios. O enredo passeou pela vida de Maria Conga em seu país, sua chegada ao Brasil e sua figura na umbanda. Simples mas bem solucionado, mostrou-se como uma história que vale a pena ser contada.
A evolução se mostrou perfeita nos primeiros setores mas enfrentou problemas em frente ao setor 6, onde um buraco significativo foi aberto pela lentidão do carro que, vindo logo em seguida, trazia a escultura da homenageada. A harmonia foi correta, tendo o samba se mostrado levemente cansativo em razão do andamento acelerado. Apesar disso, bateria do mestre Augusto Jr. fez uma apresentação de boas bossas.