Por Leonardo Antan
A noite começou com uma agradável surpresa, vindo da Intendente Magalhães, a Vigário Geral fez uma apresentação simpática para abrir os trabalhos. O enredo crítico e jocoso foi bem desenvolvido e se mostrou claro num conjunto de fantasias que se destacou na noite como um todo. A escola da Zona Norte viralizou ainda nas redes sociais com um tripé que trazia um palhaço criticando o presidente da república, a caricatura dividiu opiniões dos internautas, se mostrando uma crítica exitosa.
Se a primeira escola a se apresentar deixou a desejar apenas em seu irregular conjunto alegórico, não foi o que aconteceu com a Acadêmicos da Rocinha. O trabalho do carnavalesco Marcus Paulo se destacou pela criatividade e bons usos de materiais numa bela apresentação da tricolor da Zona Sul. Na sequência, a Unidos da Ponte cantou a eternidade num desfile burocrático que teve seus altos e baixos.
As duas melhores escolas da noite vieram na sequência, Porto da Pedra e Acadêmicos do Cubango, que ocuparam ano passado a terceira e segunda posição na tabela respectivamente. A agremiação de São Gonçalo tinha um ótimo enredo que acabou sendo mal aproveitado, mas gerou um desfile agradável nos quesitos plásticos. O único porém foi o problema de pista que a escola apresentou, prejudicando uma boa nota em evolução. Evolução que também se complicou durante a apresentação da Cubango, principalmente quando o abre-alas da escola de Niterói se desacoplou diante ao primeiro módulo de julgadores e seguiu o desfile assim. Apesar disso, a verde e branco apresentou o trabalho plástico mais interessante da noite e deve brigar por posições melhores que suas co-irmãs.
Também com problemas em sua apresentação, a Renascer de Jacarepaguá apresentou um trabalho que não brilhou nos quesitos plásticos, oscilando em alegorias e fantasias que mal concebidas. O destaque da escola foi o competente casal de mestre-sala e porta-bandeira. Para encerrar a noite, o tradicional Império Serrano também entrou na lista de escolas que tiveram desfiles marcados por falhas. O Reizinho viveu momentos tristes em seu desfile, como a falta das saias na ala das baianas e na ausência de acabamento no seu símbolo maior: a coroa imperial. Uma trágica apresentação da escola de Madureira, infelizmente, encerrou a noite de desfiles abaixo da expectativa, marcando negativamente a grandiosa história da agremiação.