Por Redação Carnavalize
Segunda escola a desfilar, a Inocentes de Belford Roxo foi a grande responsável por grudar na mente dos foliões o refrão que revela a identidade de sua homenageada. Um, dois, três e… É A MARTA! É A DEUSA! Com o enredo “Marta do Brasil – Chorar no começo pra sorrir no fim”, Jorge Caribé, carnavalesco da escola e referência dos enredos afro, teve a missão de construir um carnaval sobre a vida de Marta da Silva, nossa camisa 10 da Seleção Feminina de Futebol, seis vezes eleita pela FIFA a melhor jogadora do mundo.
A comissão de frente foi regida pela coreógrafa Juliana Frathane, “prata da casa”, que já passou pela escola em quatro carnavais. Os bailarinos fizeram uma apresentação bastante simpática, trajados com figurinos simples mas carnavalizados de uniformes de futebol. A apresentação não teve grande impacto, mas foi bem ensaiada e cumpriu bem o papel de apresentar o enredo e a escola. O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira foi composto por Douglas Valle e pela craque Jaçanã Ribeiro, mas fez uma apresentação pouco segura no primeiro módulo de jurados e sem grandes ousadia nos movimentos, apesar da beleza dos dois.
O enredo foi excelente. Simples mas bem contado, viu-se fácil e clara leitura nas fantasias, que eram simples, mas bonitas e bem executadas As alegorias eram interessantes, mas algumas apresentaram falhas no acabamento, sobretudo o abre-alas, e também de concepção, onde o destaque principal escondia o rosto da escultura da homenageada. A segunda alegoria trouxe uma estética interessante, com oito mil bolas de futebol dente de leite, fugindo à tradicionalidade da decoração de carros; certamente, um dos mais interessantes que cruzaram a Sapucaí nos dois dias. O último carro, que trouxe a rainha Marta, tinha uma bela escultura da bola de ouro, apesar de ligeiros problemas de acabamento também. No geral, foi apresentado um conjunto honesto e bem realizado.
O abre-alas da escola retratou a infância e os sonhos da menina Marta (Foto: Vitor Melo) |
A bateria do mestre Washington passou muito bem e fez bossas de “We will rock you”, do Queen, música tradicional dos estádios de futebol. O samba conduzido por Tem-Tem Sampaio e Pixulé rendeu muito bem na pista e empolgou o desfile da escola. A harmonia da escola da baixada se mostrou oscilou, sendo o refrão principal o momento de maior força do canto.
A segunda alegoria foi toda decorada com oito mil bolas de futebol. (Foto: Vitor Melo) |
A evolução ficou comprometida apenas por problemas com o abre-alas, que abriu pequenos clarões na pista.
Surpreendente, a escola deve conquistar uma posição alta e confortável, despontando como um dos grandes destaques dos dois dias, até então.