#Carnaval2022: Acadêmicos de Santa Cruz – Bateria se destaca e coroa permanência da Santa Cruz

Por Redação Carnavalize
Apesar da considerável permanência da Santa Cruz no grupo de acesso do carnaval carioca, a agremiação tem revelado, nos últimos tempos, a sede pela competição por melhores posições no grupo, principalmente após a passagem do carnavalesco Cahê Rodrigues pela escola. Desta vez, ela contou com a condução artística de Cid Carvalho para dar continuidade à sequência de bons desfiles da agremiação, com o enredo “Axé! Milton Gonçalves no catupé da Santa Cruz”, em homenagem ao ator e diretor mineiro.
A dupla de Marcelos – Chocolate e Moragas – foi a responsável pelo comando da comissão de frente, que, diferentemente da maioria das escolas da Série Ouro, não trouxe elemento alegórico, apostando na dança e na encenação dos integrantes. Intitulada “A dança do catupé e a coroação dos reis negros”, a agradável apresentação fez referência ao congado, essa manifestação artístico-cultural típica de Minas Gerais. Em suma, uma comissão simples, mas bastante funcional e interessante. Por sua vez, o entrosado casal de mestre-sala e porta-bandeira, Mosquito e Roberta Freitas, exibiu uma coreografia marcada em cima da letra do samba. A dupla gesticulou e dançou de acordo com o que estava sendo cantado. Bem ensaiado, o casal se destacou pela tranquilidade e pelos movimentos limpos e perfeitamente executados.
Comissão dançou o tempo inteiro no chão (Foto: Thomas Reis)
O importante enredo não foi desenvolvido com grande criatividade. O cortejo tratou de vários orixás, sendo que cada setor se pautou basicamente em algum deles. As fantasias remetiam, no geral, a obras do homenageado, oscilando consideravelmente. O conjunto alegórico não apresentou grandes problemas, mas também se mostrou inferior ao de outras agremiações que passaram pela Sapucaí. A plástica apenas regular teve como destaque positivo o tripé de Oxumaré. 
Segunda alegoria da Santa Cruz (Foto: Vítor Melo)

A bateria do Mestre Riquinho foi o grande trunfo da Santa Cruz, que mereceu muitos elogios no quesito. Com relação ao samba-enredo, interpretado por Roninho, pode-se dizer que a obra musical passou sem brilho, não favorecendo a harmonia da escola, que teve um canto insuficiente.
Com uma evolução bem lenta em alguns momentos e alguns buracos na parte final do desfile, a Santa Cruz briga por lugares no meio da tabela, devendo permanecer na Série Ouro sem dor de cabeça. 

 

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