#Carnaval2020 – Em desfile irregular, Sossego apresenta enredo confuso mas bateria se destaca

Por Redação Carnavalize
Primeira escola a se apresentar no segundo e último dia de desfiles da Série A, a Acadêmicos do Sossego invocou os “Tambores de Olokun” para fazer seu carnaval. Depois da polêmica troca-troca de carnavalescos ao longo do ano (somou-se três mudanças, no total), a escola definiu como responsáveis, há apenas quinze dias, a dupla Guilherme Diniz e Rodrigo Marques. 
A abertura do desfile trouxe a comissão de frente coreografada por Jardel Lemos, também coreógrafo da Unidos da Tijuca. Jardel já passou pela escola em 2017, quando Zezé Motta foi a homenageada na ascensão da escola à Série A. O grupo tentou cumprir a função de apresentar o enredo, tendo sido o ponto o alto o momento em que um dos integrantes, simbolizando Olokun, era alçado. Por conta da pista molhada, um dos bailarinos acabou escorregando e caindo em frente ao primeiro módulo de jurados. No geral, a comissão não cumpriu o papel de apresentar a escola e o enredo. 
Dois dos maiores nomes do quesito, Marcinho Siqueira e Cris Caldas estrearam como primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da escola. Bem vestidos com belas fantasias, os dois fizeram uma apresentação segura, mas levemente apreensiva pela pista molhada. Apesar disso, foi uma boa apresentação. 
A segunda alegoria da Sossego. (Foto: Vitor Melo)

O enredo se mostrou problemático em seu desenvolvimento, faltando coesão e sequência narrativa lógica. Pode-se notar que algumas alas não conversavam entre si e tinham temas bem genéricos. A falta de bom tratamento para com o enredo se traduzir numa falta de leitura das alegorias, que tinha seríssimos problemas de acabamento. O trabalho de fantasias se mostrou honesto e, apesar das soluções repetidas, formou-se um conjunto bonito. Ainda assim, é importante frisar que a elas também faltou clareza de leitura, também pelo problema já apontado. 
O tripé da escola apresentou problemas de acabamento. (Foto: Vitor Melo)
A bateria do mestre Laion foi um dos destaques da apresentação da agremiação. O samba foi conduzido por Nêgo e minou qualquer possível problema de harmonia, apesar do canto ter se mantido morno. A evolução da escola foi irregular, ora apresentando momentos de perfeição, ora abrindo clarões. 
Apesar dos erros, a Sossego não apresentou nenhum problema diferente das demais co-irmãs que já desfilaram. A agremiação deve se manter entre o meio e a parte final da tabela.

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