#Carnaval2020 – Estácio de Sá: tirando pedras do próprio caminho, escola faz bela abertura

Por Redação Carnavalize
De volta ao Grupo Especial depois de um campeonato pela Série A no último carnaval, a Estácio de Sá, que passou pela elite carioca pela última vez em 2016, abriu o domingo com o enredo “Pedra”. A escola foi buscar reforço para sua permanência com a professora Rosa Magalhães, que neste ano completa 50 carnavais de carreira, e em 2010 conseguiu driblar o fantasma do rebaixamento da escola recém-chegada ao grupo com a União da Ilha do Governador.
A comissão de frente foi comandada pela coreógrafa Ariadne Lax. O grupo explorou cenicamente as pedras das cavernas e fez uma viagem até a lua, mas o segundo momento, quando abria-se uma cúpula com a aparição de um astronauta na lua, não foi tão bem aproveitada quanto poderia, já que a maior parte do tempo de apresentação foi investida na primeira cena. O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Zé Roberto e Alcione, veio lindamente trajado em tom rubi e fez uma apresentação regular. Os dois estavam seguros em seus passos e Alcione conseguiu executar bons giros, mas a coreografia não valorizou a apresentação do casal.
A comissão de frente da escola finalizou sua apresentação com a aparição do homem na lua. (Foto: Felipe de Souza)
Nos quesitos plásticos, a professora Rosa Magalhães deu mais uma aula na Avenida. Apesar de simples, as fantasias foram elaboradas com materiais baratos mas que renderam um ótimo efeito luminoso no tapete. O conjunto alegórico se mostrou muito regular, de bom gosto e bem cuidado, optando por formas quadradas já características da carnavalesca, mas que possibilitaram formatos e cores diversificados e interessantes. O destaque fica pelo esplendoroso conjunto cromático do segundo setor. Quanto ao enredo, embora denso e criticado, se mostrou bem desenrolado ao longo dos setores, passeando pela história da pedra, exploração e finalizado com uma bonita mensagem de esperança da lua que avista a Terra.
A quinta alegoria da escola retratou Serra Pelada. (Foto: Vitor Melo)
A harmonia deu conta do recado e o samba foi cantado pelos componentes, apesar de não ter explodido. A bateria Medalha de Ouro manteve o andamento do samba mais acelerado, marca da escola. A evolução foi muitíssimo correta e nenhum buraco foi aberto na passagem da escola pela pista.
Com um louvável trabalho de Rosa Magalhães, é lamentável que a escola brigue pela permanência no grupo em razão do tradicional peso da bandeira e da posição de desfile. 

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