#Carnaval2020 – Imperatriz: Rainha de Ramos brilha em apresentação irretocável

Por Redação Carnavalize
Nesse palco iluminado… só deu Lelê! Não, não erramos o nome do enredo. Leandro Vieira, carnavalesco da Imperatriz, apresentou ao público o enredo “Só dá Lalá”, uma  visita repaginada ao carnaval de 1981 da escola (“O teu cabelo não nega – Só dá Lalá), quando rendeu homenagens ao famoso compositor Lamartine Babo. Leandro, em entrevista ao Jornal O Globo, revelou no pré-carnaval que não se tratara de reedição de enredo, mas apenas de samba. A Imperatriz foi considerada uma das favoritas do grupo, após o descenso do Grupo Especial no último carnaval. 
Não só o cargo de carnavalesco ganhou bom reforço. A comissão de frente foi regida pelo experiente casal Beth e Hélio Bejani, também coreógrafos da Grande Rio. O grupo fez uma excelente apresentação representando os antigos carnavais. Para isso, preencheu a pista com grandes bonecões que representavam bate-bolas, palhaços, e os bailarinos se apresentavam como malandros que, em dado momento, cortejavam uma linda passista que surgia por detrás dos elementos cenográficos. O gracioso casal de mestre-sala e porta-bandeira, formado por Thiaguinho Mendonça e Rafaela Teodoro, fez uma excelente apresentação. Livres de quaisquer contratempos e insegurança, os dois brilharam no desfile em que a porta-bandeira comemora dez anos à frente do pavilhão da escola. 
Leandro fez jus ao renome que conquistou no carnaval. O bom gosto foi perceptível, tanto na solução de materiais e formas quanto no uso de cores. As alegorias tinham conceitos e formas simples, mas eram bem executados e bem amarrados. O abre-alas impressionou pelo gigantismo e os outros dois carros não deixaram a desejar.  Os únicos imprevistos foram a queda do costeiro do destaque do abre-alas e a oscilação da iluminação do segundo carro. O excelente conjunto de fantasias também merece destaque pela ótima realização, característica de Leandro, com destaque para a linda ala de baianas, que representavam o imaginário da festa de São João. O enredo se apresentou de forma simples, com uma leitura muito poética do Leandro sobre o enredo de Arlindo Rodrigues, que era mais cronológico. 
A imensa locomotiva leopoldinense no abre-alas: o encanto da noite. (Foto: Vitor Melo)

A elogiada bateria do mestre Lolo fez uma passagem sem muitas bossas. O samba conduzido por Artur Franco e pela lendária voz da escola, Preto Joia, foi um grato ponto no aspecto musical; os dois mostraram bom entrosamento. A harmonia não explodiu, mas o popular samba foi bem cantado pelos componentes. 
O simpático tripé relembrou a ligação de Lamartine com os clubes de futebol cariocas. (Foto: Vitor Melo)
Com evolução e demais quesitos praticamente impecáveis, a Imperatriz confirma o favoritismo pelo título da Série A.

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