#Carnaval2020 – Serrinha não honra sua tradição em problemática apresentação

Por Redação Carnavalize

Última escola a desfilar no primeiro dia de desfiles da Série A, o Reizinho de Madureira levou à Sapucaí o enredo “Lugar de mulher é onde ela quiser”, conduzido pelo carnavalesco Júnior Pernambucano. Depois de dois carnavais complicados no Grupo Especial, a escola teve como missão driblar a grave crise interna pela qual vem passando nos últimos anos.

A comissão de frente foi comandada pelo estreante Paulo Pinna, que assumiu o cargo após a impossibilidade de Cláudia Mota seguir à frente do quesito. As bailarinas executaram uma excelente coreografia, ocorrendo apenas um pequeno contratempo com o elemento de cabeça de uma das componentes em todos os módulos. Mesmo assim, o conjunto abriu o desfile da Serrinha de forma emocionante, com uma linda homenagem a grandes mulheres de sua história, estampadas na saia de uma das personagens do corpo de baile. O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Mateus Machado e a experiente Verônica Lima, estava trajado com uma linda fantasia e fez uma forte e segura apresentação.

A bela comissão de frente do Império Serrano, coreografada por Paulo Pinna. (Foto: Vitor Melo)

O conjunto alegórico se mostrou irregular, com muitos problemas de acabamento e concepção. A coroa, símbolo maior do Império Serrano, apresentou falhas de execução também. O pesar ficou por conta da ausência das saias da ala de baianas, que não ficaram prontas a tempo do desfile e passou com o contingente abaixo do mínimo exigido pelo regulamento. Algumas alas passaram incompletas e o conjunto das fantasias sugeriu algumas soluções interessantes, mas que não se concretizaram pela impossibilidade de plena execução. Quanto à paleta de cores, optou-se pela aposta no verde e branco, tradicionais cores da escola. O enredo cumpriu a função de exaltar as mulheres, comprometido na leitura de alas pela qualidade estética do trabalho apresentado.

Apesar das dificuldades, o samba foi bem conduzido e cantando pela comunidade, mas o intérprete Leléu foi engolido pelos demais companheiros de carro de som. Houve problemas de evolução com o abre-alas no meio da pista, além de ter sido notado um buraco que foi aberto em frente ao setor 10. A escola iniciou seu desfile com seis minutos corridos no cronômetro, motivo pelo qual precisou correr muito para terminar seu desfile; a bateria não entrou no segundo recuo por esse motivo.

Serrinha desfilou um conjunto alegórico de muita sinplicidade. (Foto: Vitor Melo)

Diante do triste e dilacerante cenário posto neste carnaval para o Império Serrano, infelizmente o Reizinho de Madureira corre risco de amargar posições complicadas. Força, Serrinha!

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