QUASE UMA REPÓRTER: Lais Moreira, 1ª Porta-Bandeira da Unidos de Vila Maria

O carnaval vai muito além dos 4 dias. Durante o ano as escolas se preparam para o maior espetáculo da terra, divulgando enredo e sinopse, escolhendo seu samba e se preparando no barracão.
E as escolas de samba vão muito além do carnaval. Elas nos encantam na avenida, mas também encantam com seus maravilhosos projetos sociais para atender a sua comunidade.
Uma agremiação de São Paulo com grande notoriedade por suas ações sociais é o Grêmio Recreativo Cultural Social Escola de Samba Unidos de Vila Maria. Por ano são mais de 10.500 pessoas atendidas e em 14 anos de projeto atendeu 155 mil pessoas de 16 bairros da Zona Norte.
Batizado de “Vila Maria um Caso de Amor”, a principal missão desses projetos é proporcionar atividades no espaço cultural, com o intuito de atender crianças, adolescentes, adultos, idosos e pessoas com deficiência ou necessidades especiais, transformando suas vidas e promovendo a inclusão através da arte, cultura, educação, esporte e capacitação profissional.
No esporte há escolinha de futebol, cursos de capoeira e karatê. Na capacitação profissional há cursos de assentador de piso, pedreiro, instalador hidráulico, padaria artesanal, escola de beleza e escola de moda (corte, costura e modelagem). Também há áreas da saúde para atender a comunidade, como psicologia, terapia, fisioterapia, odontopediatria e equoterapia. Além disso há projetos especiais como dia da cidadania, valorização da velha guarda, festa do dia das crianças, casamento comunitário, palestras periódicas relacionadas à saúde e Natal solidário.
Na arte, cultura e lazer em parceria com a Prefeitura de São Paulo, através da Secretaria Municipal de Cultura, a agremiação possui a 1ª Escola de Samba Mirim do Estado de São Paulo, a Escola de Samba Mirim Mulekada da Vila Maria.
Há vários cursos como: áudio e som (juvenil), decoração e adereços (juvenil), fotografia (juvenil), comissão de frente (mirim), mestre-sala e porta-bandeira (mirim; foto), passistas (mirim), bateria (mirim) e entre outros que você pode conferir no site da escola: www.unidosdevilamaria.com.br/
Um projeto que faço parte e com certeza mudou a minha vida, é o Mestre-Sala e Porta-Bandeira (mirim) comandado pela primeira porta-bandeira da Unidos de Vila Maria, Lais Moreira, a entrevistada de hoje.
Lais sempre teve o sonho de ter um projeto social de mestre-sala e porta-bandeira e transmitir seus ensinamentos e talento para outras pessoas. Em 2006, no Águia de Ouro, Lais fundou o projeto “Filhos da Águia”, através dele, ela construiu a ideia que queria ser uma motivadora de sonhos e que pudesse buscar o talento nas pessoas. Porém ela nunca teve o espaço necessário para continuar o projeto e ao longo do tempo tudo passou e ficou parado. 
O que motivou Lais a assumir o primeiro pavilhão da Vila Maria foram os projetos sociais, todos, não só mestre-sala e porta-bandeira que até então não existia. A agremiação já tinha a intenção de fazer um projeto de mestre-sala e porta-bandeira e com a vinda da Lais à escola, no ano passado, o projeto ganhou mais força, pois ela fez uma proposta de criar um projeto de MSPB – sem saber que a escola já tinha intenção de fazer – e demonstrou muito interesse nele.  Com isso juntou o que a escola queria com o que a Lais também buscava, sendo assim, após o carnaval de 2016, em Março, o projeto foi oficializado e em Abril iniciaram as aulas que acontecem todos os sábados das 14h às 17h, na quadra. A inscrição é feita na Secretaria do Social da Vila Maria e todos são bem-vindos.
As expectativas da Lais para o projeto são: que ela consiga fazer com que todas as crianças, que sonham em serem mestre-sala e porta-bandeira e que estão no projeto, possam desfilar como casal e de preferência na Vila Maria, que consiga montar uma ala de casais de mestre-sala e porta-bandeira da agremiação e dar sequência ao projeto. Mas a principal ideia é construir bons seres humanos, boas pessoas e que queiram ajudar o próximo, pois o objetivo do projeto social nada mais é que socializar e fazer com que as pessoas enxerguem o seu próximo.
Na entrevista que você confere abaixo, Lais nos conta um pouco de sua história e também da importância dos projetos sociais nas escolas de samba.

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